Com a proximidade das eleições que
escolherão a nova direção da seccional alagoana da Ordem dos Advogados do
Brasil, em novembro próximo, torna-se inevitável discutir temas que são muito
caros para a advocacia.
Historicamente, sempre coube à OAB
um papel de protagonismo na defesa da democracia brasileira. Durante a ditadura
militar de 1964, defendeu, corajosa e intransigentemente, o respeito aos
direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros. Num passado mais recente,
participou ativamente dos fatos políticos mais importantes da Nação, como a
campanha pela redemocratização do País e o combate à corrupção na administração
publica.
Infelizmente, a atual gestão da
OAB de Alagoas não honrou essa tradição de engajamento e de combatividade que
sempre nos assegurou papel de destaque junto à sociedade e aos poderes públicos,
omitindo-se de participar dos principais acontecimentos políticos, econômicos e
sociais do País e de Alagoas! Onde estavam, a OAB/AL e seus dirigentes, quando
toda a sociedade protestava nas ruas contra a escalada da corrupção no Brasil?
Onde estavam quando eram discutidos, aqui em Alagoas, temas importantíssimos
para a nossa sociedade, como a criação da vara de combate ao crime organizado e
a criação de mecanismos de combate à corrupção eleitoral? Para nós, essa
omissão tem explicação: as relações políticas da atual direção da OAB não lhes
dão a autonomia e a independência necessárias para aliarem-se às causas de
interesse da coletividade.
Não bastasse essa omissão
imperdoável, a OAB/AL também deixou de ser a casa do advogado alagoano. O
desrespeito às prerrogativas dos advogados aumentou consideravelmente nos
últimos anos! Somente quem milita no cotidiano forense conhece as dificuldades
que nos são indevidamente impostas por magistrados, promotores, autoridades
policiais e, até mesmo, serventuários do Poder Judiciário. Não conseguimos conversar
com os juízes para que deem andamento aos nossos processos; dificilmente conseguimos
obter cópias de inquéritos policiais, mesmo munidos de procuração; somos
impedidos de ter acesso às dependências de cartórios, de salas de audiência e
de secções eleitorais por avisos escritos fixados nas portas, um verdadeiro
escárnio aos direitos que nos foram assegurados pelo Estatuto da Advocacia!
Por todas estas razões, caros
colegas advogados e advogadas de Alagoas, insatisfeitos com o estado de absoluto
abandono em que se encontra a seccional alagoana da OAB, um grupo heterogêneo de
advogados e de advogadas resolveu participar ativamente das eleições de classe deste
ano, apoiando a candidatura de quem se dispõe a devolver à OAB/AL o seu papel
de protagonismo na vida do advogado. Os escolhidos para encabeçar essa
candidatura são Fernando Falcão e Luciano Almeida, que escolheram o slogan
“advogados por uma nova Ordem” para identificar a Chapa 2.
Pedimos a você, advogado e
advogada, experiente ou iniciante, público ou privado, que conheça nossas
propostas, participe da formulação de outras novas, contribua para o resgate de
nossa instituição de classe. Nossas propostas mostram a força, a coragem e a
independência desse grupo para fazer da OAB/AL uma entidade que verdadeiramente
defenda a sociedade e abrigue o advogado e a advogada de Alagoas.
A OAB só avança com mudança. Vamos
seguir juntos por uma nova Ordem.
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