segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A hora e a vez dos advogados alagoanos



Com a proximidade das eleições que escolherão a nova direção da seccional alagoana da Ordem dos Advogados do Brasil, em novembro próximo, torna-se inevitável discutir temas que são muito caros para a advocacia.

Historicamente, sempre coube à OAB um papel de protagonismo na defesa da democracia brasileira. Durante a ditadura militar de 1964, defendeu, corajosa e intransigentemente, o respeito aos direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros. Num passado mais recente, participou ativamente dos fatos políticos mais importantes da Nação, como a campanha pela redemocratização do País e o combate à corrupção na administração publica.
Infelizmente, a atual gestão da OAB de Alagoas não honrou essa tradição de engajamento e de combatividade que sempre nos assegurou papel de destaque junto à sociedade e aos poderes públicos, omitindo-se de participar dos principais acontecimentos políticos, econômicos e sociais do País e de Alagoas! Onde estavam, a OAB/AL e seus dirigentes, quando toda a sociedade protestava nas ruas contra a escalada da corrupção no Brasil? Onde estavam quando eram discutidos, aqui em Alagoas, temas importantíssimos para a nossa sociedade, como a criação da vara de combate ao crime organizado e a criação de mecanismos de combate à corrupção eleitoral? Para nós, essa omissão tem explicação: as relações políticas da atual direção da OAB não lhes dão a autonomia e a independência necessárias para aliarem-se às causas de interesse da coletividade.

Não bastasse essa omissão imperdoável, a OAB/AL também deixou de ser a casa do advogado alagoano. O desrespeito às prerrogativas dos advogados aumentou consideravelmente nos últimos anos! Somente quem milita no cotidiano forense conhece as dificuldades que nos são indevidamente impostas por magistrados, promotores, autoridades policiais e, até mesmo, serventuários do Poder Judiciário. Não conseguimos conversar com os juízes para que deem andamento aos nossos processos; dificilmente conseguimos obter cópias de inquéritos policiais, mesmo munidos de procuração; somos impedidos de ter acesso às dependências de cartórios, de salas de audiência e de secções eleitorais por avisos escritos fixados nas portas, um verdadeiro escárnio aos direitos que nos foram assegurados pelo Estatuto da Advocacia!

Por todas estas razões, caros colegas advogados e advogadas de Alagoas, insatisfeitos com o estado de absoluto abandono em que se encontra a seccional alagoana da OAB, um grupo heterogêneo de advogados e de advogadas resolveu participar ativamente das eleições de classe deste ano, apoiando a candidatura de quem se dispõe a devolver à OAB/AL o seu papel de protagonismo na vida do advogado. Os escolhidos para encabeçar essa candidatura são Fernando Falcão e Luciano Almeida, que escolheram o slogan “advogados por uma nova Ordem” para identificar a Chapa 2.

Pedimos a você, advogado e advogada, experiente ou iniciante, público ou privado, que conheça nossas propostas, participe da formulação de outras novas, contribua para o resgate de nossa instituição de classe. Nossas propostas mostram a força, a coragem e a independência desse grupo para fazer da OAB/AL uma entidade que verdadeiramente defenda a sociedade e abrigue o advogado e a advogada de Alagoas.


A OAB só avança com mudança. Vamos seguir juntos por uma nova Ordem.

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